quinta-feira, outubro 18, 2007

Myanmar

















No mês em que se recorda os 40 anos da morte do mártir libertista “Ché” Guevara, influenciando o mundo sobre liberdade e luta contra a injustiça, Ernesto Guevara talvez tenha sido esquecido pela Humanidade tanto como o seu ideal libertador. Caso mais recente é o de Myanmar (antiga Birmânia), onde centenas de monges protestam, pacificamente, contra o governo birmanês acabando por serem brutalmente agredidos pelo exército para terminarem com as manifestações.
Durante anos, a mais antiga ditadura militar do mundo cultivou laços com as hierarquias religiosas do país, investindo na construção de templos e apoios financeiros para com a religião, demonstrando a crença religiosa do governo e eliminando qualquer suspeita de opressão à população.
No entanto, no final do último Setembro, o regime mostrou o seu verdadeiro rosto, esmagando impetuosamente uma manifestação pacífica promovida por monges budistas que protestavam, inicialmente, contra o aumento do preço dos combustíveis, mas após a barbaridade cometida pelo exército birmanês, reprimindo violentamente três monges que se manifestavam, centenas de budistas saíram à rua criticando o governo militar de Myanmar.
A resposta dos militares foi integralmente desumana, correndo as manifestações, pacíficas, com metralhadoras, acabando por provocar, oficialmente, nove mortos, entre eles, Kenji Nagani jornalista japonês abatido a tiro durante um “raid” militar. O governo birmanês acabou também por fechar, literalmente, o país – destruindo servidores da Internet, cortando as comunicações telefónicas nacionais e internacionais e perseguiram-se e reprimiram-se jornalistas e oposicionistas.
A oposição democrática, completamente débil, ainda não dispõe de uma organização objectiva que os aglutine, mesmo com uma personagem carismática Aung San Suu Kyi, a prémio Nobel da Paz, que lidera a Liga Nacional para a Democracia, presa e amordaçada pelo governo da Birmânia.
A comunidade internacional está a analisar a situação detalhadamente, demonstrando a sua preocupação para com este ponto, apelando à junta militar a abster-se a reprimir os protestos pela força e a encetar um diálogo com a oposição, incluindo Aung San Suu Kyi. Também cidadãos, a nível mundial, protestaram junto das embaixadas birmanesas contra a violência em Myanmar, exaltando a liberdade e apoiando o diálogo democrático quer birmanês como também internacional.
Todavia, a situação parece estar longe de se resolver, pois o Governo de Myanmar não permite o diálogo pacifico e democrático, provando o autoritarismo e opressão do país. Terá sido o mártir esquecido? Estará a liberdade a ser amordaçada?

Outubro 2007

I.B.

4 Comments:

Blogger Filipe said...

epah... e pena e serem um pais budista em k a produçao de petroleo deles e apenas de 9500 barris por dia e so estarem na 80ª posiçao dos produtores porque senao os estados unidos ja tinham ido la ajudar a "liberdade" a impor se...

21 outubro, 2007 18:15  
Anonymous Anónimo said...

deixem-se disso e vao mas e ao tabonzinho

09 novembro, 2007 18:01  
Anonymous Anónimo said...

Mártir libertário.

12 dezembro, 2007 10:00  
Anonymous Anónimo said...

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21 maio, 2013 10:51  

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