quinta-feira, dezembro 06, 2007

Que mais poderá acontecer?

Não faz sentido começar a discussão sobre o Sporting por Paulo Bento. Mas é inevitável que pelo menos os adeptos sigam por aí.

A exibição leonina frente à União de Leiria demonstrou todos os sintomas de uma equipa «doente». Pouca confiança, escassa imaginação, espírito de entreajuda limitado e até uma entrega abaixo da necessária em momentos de crise.

Nesta alturas, o que tem de correr mal corre mesmo. Foi assim. Bastava que o «penalty» de Polga tivesse entrado para que o Sporting somasse mais dois pontos e atenuasse a má imagem.

Mas lá no fundo pouco mudaria.

O Sporting tem acrescentado aos problemas do seu futebol uma incapacidade surpreendente para se analisar e sair da crise.

Num cenário destes, o mais óbvio costuma ser o despedimento do treinador.

Mas não creio que essa seja a melhor saída. Um clube não pode ficar mais forte dispensando os seus melhores valores. E Paulo Bento já demonstrou ser um deles. Acho que este é precisamente o instante em que o presidente do Sporting deve afirmar a sua força e capacidade de liderança. E já agora concentrar-se no que realmente interesse e deixar para outros as intervenções lastimáveis como a de Manchester, mais o comunicado deste domingo.


Artigo escrito por Luis Sobral publicado no jornal Mais Futebol

segunda-feira, novembro 12, 2007

Sporting: o que nos dizem os números

A derrota do Sporting em Braga foi tão evidente que só pode acentuar a discussão sobre o que se passa em Alvalade. No final do jogo, Paulo Bento colocou a questão no plano da atitude, ao dizer que não tinham feito por merecer a camisola do clube. E era verdade, embora isso por si só não explique tudo.

Até porque o problema não começou em Braga. Se fosse apenas um dia mau, o assunto merecia meia dúzia de linhas. Mas não é disso que se trata.

Esta época, o Sporting ganhou apenas uma vez fora de casa para a Bwin Liga, na Amadora. Perdeu com um erro no Dragão, empatou na Luz, andou adormecido na Choupana e caiu com estrondo em Braga. Olhando para os jogos, é justo admitir que o Sporting poderia ter trazido um ponto do Porto. De resto, tudo certo.

Viver bem fora de casa era o forte do Sporting na época passada. A grande mudança, de José Peseiro para Paulo Bento, foi a capacidade de pensar como equipa sem bola.

Antes o Sporting era mais alegre e criativo na frente, mas defendia com leveza. Acreditava de mais em si próprio, como se o futebol fosse um jogo de nota artística e não um desporto tantas vezes cruel para quem mais o promove.
Com Paulo Bento, o Sporting passou a guardar melhor a sua baliza. Um jogo mais sólido, um caminho menos directo para o golo, mas suficientemente eficaz. Um estilo «se eles não marcarem ficaremos mais perto de o fazer nós». Não resultou mal.

Pelo meio, o Sporting também jogou bem.

Esta época, o Sporting raramente joga o que se espera e defende mal, somando erros.

Só este mês já encaixou oito golos, à surpreendente média de dois por encontro. Em quatro partidas, só perante a Naval não começou a perder, permitindo que o adversário marcasse antes da meia hora.

Em minha opinião, mais do que erros pontuais, estes golos resultam da má colocação do meio-campo. Nessa zona não existe um jogador em boa forma.

Miguel Veloso tem sido a referência, mas atravessa uma fase em que parece jogar mais para ele do que a equipa. Cai pouco nas alas, não é tão firme a desarmar e marca o adversário sem rigor, como no primeiro golo do Sp. Braga. Parece só se satisfazer com a bola nos pés e aí continua excelente. Mas não chega.

Ao lado, João Moutiho mantém a alma de outros dias. Mas só isso. Provavelmente estará espantado por de repente ser necessário um pouco por todo o lado, desesperando por obviamente não conseguir responder.

Izmailov simplesmente não percebeu a forma de jogar da equipa e Romagnoli tem sido de menos como «10», perdendo muitas vezes a bola e com isso desequilibrando a equipa.

Os dois golos sofridos frente à Roma são um bom exemplo de má colocação, com o meio-campo a defender demasiado atrás, concedendo espaço para remates de longe.

Apesar de se encontrar a oito pontos do líder, diria que a solução para o problema talvez não passe por uma cavalgada em busca dos golos que dêem vitórias. Até porque o Sporting marcou nove vezes este mês. Por mim, a chave é amarrar Miguel Veloso, estabilizar Moutinho, escolher entre Izmailov e Romagnoli e utilizar mais um médio de trabalho. E depois esperar que Liedson resolva. Até que a confiança regresse.

P.S. Talvez esta análise esteja errada e o problema seja mais grave. Como explicar que Paulo Bento, a perder por 1-0 em Braga, com 45 minutos pela frente, decida alterar o sistema que mais vezes utilizou, trocando-o por um improviso? Se o problema era de atitude, como disse, as palavras certas no balneário não teriam sido a melhor forma de alterar as coisas? A entrada de Had, depois do 3-0, foi uma confissão pública da má avaliação anterior. E se o treinador não acredita nas suas escolhas, como vão os jogadores acreditar?

Artigo da autoria de Luís Sobral e publicado no jornal Mais Futebol

quarta-feira, outubro 24, 2007

Será que é quem nós pensamos?


Na sequência de tudo aquilo que se passou em redor das aulas de Geometria Descritiva, eis que se encontra esta placa que pode visualizar mesmo em frente à sala onde não era mas que mas agora é leccionada a disciplina.
E já agora:

π nhal!

domingo, outubro 21, 2007

Pensamentos

Eu sei que não tenho sido uma presença muito activa neste blog mas esta semana aconteceram duas coisas que me fizeram querer escrever e partilhar o que pensava com voçês. Eu sei que podem nem achar muito importante mas como sabem este blog foi feito mesmo para isso... para vos aborrecer com texto compridos sobre os quais poucos têm interesse.

Brincadeiras a parte estes dois assuntos que me compeliram a vir escrever neste blog semi-abandonado foram os seguintes: o primeiro foi o "manifesto contra a pobreza".

De certo que todos ouviram falar disto ja para nao dizer que se passou na escola por isso vou passar a longa explicaçao a frente e dizer ja o que achei: algo que eu achei realmente interessante foi a forma como eles usaram as escolas para atingirem um objectivo. Precisamos de assinaturas logo vamos a um sitio onde haja muita gente. Escolas! Atiramos um papel para a frente dos miudos e eles para faltarem as aulas assinam qualquer coisa... De forma nenhuma estou a tentar insinuar que não há um motivo nobre por trás disto tudo, até pelo contrário, defendo-o vivamente mas o que aconteceu naquele dia foi apenas uma razão para uns quantos alunos falatarem as aulas pois muitos nem sabiam exactamente o que e que aquilo era, como foi facilmente demosntrado no minuto de "silêncio". Acho que não é preciso explicar melhor pois quem estava lá percebe de certo a que me refiro e o respeito mostrado a esta causa pelos presentes foi quase nulo.

A segunda foi o projecto "agarra a vida"(pelo menos acho que era este o nome). Não meus amigos, aquilo não era apenas uns quantos individuos que foram fazer skate ou bmx na escola... Não! Também descobri que para além disso e de tentar "impigir" uma marca de cereais era também uma campanha para, não so promover os "skaters" (sim, porque é uma coisa importantissima para o país) e também, de uma forma quase impercebptivel, era uma campanha contra as drogas... Reparem como é facil fazer publicidade numa escola: basta dizer que é uma campanha contra as drogas e temos um palco perfeito para fazer publicadade a uma marca qualquer de cereais de forma descarada num sitio com um publico jovem, ou seja, exactamente o publico alvo desta marca... depois se denfendemos esse primeiro conceito (campanha contra as droga) isso já não interessa muito...

...e com isto vos deixo caros leitores.

Ah sim... e ja me esquecia de mencionar que foi também uma boa razão para faltar às aulas...

Peço desculpa se hoje foi um tema mais virado para a escola do que o normal mas foi apenas uma vontade de partilhar estes pensamentos com alguem.

F.C.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Myanmar

















No mês em que se recorda os 40 anos da morte do mártir libertista “Ché” Guevara, influenciando o mundo sobre liberdade e luta contra a injustiça, Ernesto Guevara talvez tenha sido esquecido pela Humanidade tanto como o seu ideal libertador. Caso mais recente é o de Myanmar (antiga Birmânia), onde centenas de monges protestam, pacificamente, contra o governo birmanês acabando por serem brutalmente agredidos pelo exército para terminarem com as manifestações.
Durante anos, a mais antiga ditadura militar do mundo cultivou laços com as hierarquias religiosas do país, investindo na construção de templos e apoios financeiros para com a religião, demonstrando a crença religiosa do governo e eliminando qualquer suspeita de opressão à população.
No entanto, no final do último Setembro, o regime mostrou o seu verdadeiro rosto, esmagando impetuosamente uma manifestação pacífica promovida por monges budistas que protestavam, inicialmente, contra o aumento do preço dos combustíveis, mas após a barbaridade cometida pelo exército birmanês, reprimindo violentamente três monges que se manifestavam, centenas de budistas saíram à rua criticando o governo militar de Myanmar.
A resposta dos militares foi integralmente desumana, correndo as manifestações, pacíficas, com metralhadoras, acabando por provocar, oficialmente, nove mortos, entre eles, Kenji Nagani jornalista japonês abatido a tiro durante um “raid” militar. O governo birmanês acabou também por fechar, literalmente, o país – destruindo servidores da Internet, cortando as comunicações telefónicas nacionais e internacionais e perseguiram-se e reprimiram-se jornalistas e oposicionistas.
A oposição democrática, completamente débil, ainda não dispõe de uma organização objectiva que os aglutine, mesmo com uma personagem carismática Aung San Suu Kyi, a prémio Nobel da Paz, que lidera a Liga Nacional para a Democracia, presa e amordaçada pelo governo da Birmânia.
A comunidade internacional está a analisar a situação detalhadamente, demonstrando a sua preocupação para com este ponto, apelando à junta militar a abster-se a reprimir os protestos pela força e a encetar um diálogo com a oposição, incluindo Aung San Suu Kyi. Também cidadãos, a nível mundial, protestaram junto das embaixadas birmanesas contra a violência em Myanmar, exaltando a liberdade e apoiando o diálogo democrático quer birmanês como também internacional.
Todavia, a situação parece estar longe de se resolver, pois o Governo de Myanmar não permite o diálogo pacifico e democrático, provando o autoritarismo e opressão do país. Terá sido o mártir esquecido? Estará a liberdade a ser amordaçada?

Outubro 2007

I.B.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Recusa de reatamento de entrevista



Concordo plenamente com esta atitude de Pedro Santana Lopes. E não está em causa se é o José Mourinho que está a chegar a Portugal. Não podiam gravar a sua chegada e mostrá-la em serviços noticiosos mais tarde? Havia necessidade de interromper uma entrevista, seja de quem for?

F.B.

segunda-feira, julho 02, 2007

Escutismo

Sendo este ano o Centenário do Escutismo não poderíamos ficar indiferentes...


Breve História:

Em 1907, deram-se os primeiros passos para o aparecimento do Escutismo. Baden Powell, um militar Inglês, que publicou um livro intitulado "O auxiliar do explorador", foi solicitado para adaptar os seus métodos de observação e exploração, para a formação de jovens.
Assim, a 25 de Julho de 1907, partiu com vinte rapazes, organizados em quatro patrulhas (Corvo, Maçarico, Touro e Lobo) para a Ilha de Brownsea, onde se realizou o primeiro acampamento de Escuteiros.
Escutismo para rapazes Este acampamento foi tão bem sucedido, que B.P. resolveu publicar todas as experiências vividas e conhecidas, de modo a despertar nos jovens o gosto pelas Aventuras, num livro a que chamou "Escutismo para Rapazes". Este livro foi primeiramente publicado em fascículos quinzenais nos primeiros meses de 1908 e teve tão grande aceitação que, por toda a Inglaterra se formaram novas Patrulhas de Escuteiros.
O Escutismo cresceu rapidamente e de tal forma que nos fins de 1908, apenas alguns meses depois de ter surgido, havia já cerca de 60000 Escuteiros espalhados por vários países.
Em 1920, no 1º Jamboree Mundial, em Londres, B.P. foi aclamado Chefe Mundial dos Escuteiros.
Em 27 de Maio de 1923 nasce em Braga o "Corpo de Scouts Católicos Portugueses", mais tarde denominado Corpo Nacional de Escutas.
O Escutismo continuou a crescer e a expandir-se para todos os pontos do globo. Hoje, somos mais de 28 milhões de Escuteiros, distribuídos por cerca de 150 países.



Para comemorar este feito este ano haverá um Jamboree (acampamento mundial) em Inglaterra e um Acanac (acampamento nacional) em Idanha-a-Nova, onde eu irei participar...

Muita coisa ficou por dizer mas deixo-vos agora a ver este video sobre o Centenário do Escutismo.



Se por acaso estiverem interessados a saber mais qualquer coisa sobre esta maravilhosa associação podem dirigir-se a www.cne-escutimo.pt.

Comentem...