domingo, outubro 29, 2006

Notícias: Listas

Já todos pudemos verificar o envolvimento dos Estados Unidos da América em todos os incidentes que tenham remotamente a ver com terrorismo ou guerra.
Hoje, enquanto via um telejornal, uma notícia em particular captou-me a atenção. Verdade seja dita não estava a tomar grande atenção até as palavras "Governo dos Estados Unidos" serem pronunciadas. Não tenho um prazer especial em estar a par de tudo o que se passa, mas as noticias sobre os EUA e o presidente George W. Bush prendem me, normalmente, a atenção.

A notícia tratava da lista secreta usada na triagem de passageiros em aeroportos, a modo de evitar a entrada de terroristas nos EUA .A minha reacção à notícia deve ter sido igual a de muitos de vós: "Ah! Os EU fizeram asneira outra vez!". E sem qualquer surpresa, estava certo.

A lista secreta é constituida por 325 mil nomes (segundo o Washington Post) onde estão incluídos, só para citar os mais estranhos, Evo Morales, que para quem não conhece é o Presidente da Bolívia e Saddam Hussein. Eu normalmente concordaria totalmente com este segundo nome se não fosse pelo pequeno pormenor de ele estar de momento sob prisão por parte dos próprios EU. Além destes estão também nomes como: Gary Smith, John Williams e Robert Johnson, que são tão comuns que se tornam totalmente inuteis.
Um facto interessante é que os nomes dos 11 suspeitos, apreendidos em Londres, de planear explodir em pleno ar, aviões, com o uso de explosivos líquidos, não se encontravam na lista. Segundo a reportagem, estes homens estavam sob vigilância há mais de um ano. Segundo uma lista obtida em Março de 2006 os EU, que tinham medo de homens já mortos, (14 dos 19 homens responsáveis pelo 11 de Setembro) não pareciam muito preocupados com homens vigiados por planearem atacar um avião.

Deixando a minha opinião, já que não haveria interesse de postar sem ela, toda esta história é muito "fogo de vista", é mais uma tentativa de intimadar do que realmente impedir alguma coisa. Porque se pensarmos bem, grande parte dos nomes das listas, são nomes falsos (segundo o Washington Post) e com uma boa escolha de nome tornariamos uma imensa quantidade da população inglesa ou americana em possivéis suspeitos. As lista assemelham-se muito à maneira de pensar dos Americanos: a quantidade supera a qualidade.
-F.C.